Bateria


O tema da bateria é dos mais falados e já foi referido aqui várias vezes. A verdade é que não tem evoluido tanto quanto desejariamos e isso compromete o desempenho dos aparelhos. Isto porque queremos introduzir um processador mais rápido, um ecrã mais nítido, ou uma ligação à internet mais forte e muitas vezes algum destes tem de ficar para trás para que a bateria tenha uma duração aceitável.

Temos falado de vários aparelhos até aqui e uma conclusão que podemos tirar é que os produtos da apple são os que melhor aproveitam a bateria. Comparando o macbook air com um outro ultrabook de características idênticas, facilmente verificamos que o primeiro aguenta mais horas, mesmo sem o utilizador se preocupar muito com a gestão de recursos (wi-fi ligado desnecessariamente, brilho elevado, etc). Claro que estamos já no domínio das 6 horas ou mais, o que já são bons tempos de bateria para um portátil, mas ainda assim, para quem valoriza este ponto, os apple são uma opção a ter em conta.

No segmento dos telefones, os topo de gama da samsung também são uma boa opção com uma autonomia idêntica ao iphone 5.

Não há nenhuma fórmula secreta que aumente a duração da bateria, mas existem certas dicas que podemos seguir que nos podem dar umas horas extra. Isto aplica-se ao tablet, ao telefone e algumas até mesmo ao computador portátil.

- É fácil não desligarmos o wi-fi, pois é realmente mais cómodo estarmos sempre ligados e aceder à internet diretamente sem ter de estar sempre a ligar e a desligar o wi-fi. No entanto, se soubermos que vamos estar algum tempo sem precisar da internet, por exemplo se formos ver um filme no tablet ou no computador, a internet poderá ser desnecessária. O mesmo se aplica ao bluetooth ou ao gps. Outro exemplo para quem deixa o telefone ligado durante a noite, pode desligar estas ligações e poupar assim alguma bateria. Existe uma opção para desligar o wi-fi automaticamente quando o tablet entra em suspensão (ou seja quando o aparelho está ligado, mas o ecrã desligado). Nos android existe um "widget" que se pode colocar no ecrã principal e que nos permite ligar/desligar o wi-fi, bluetooth e gps, com apenas um clique!

- A opção de desligar todas as conectividades é o chamado modo de avião ou modo offline, que um simples clique desliga todas as ligações. Isto existe em quase todos os produtos com estas ligações, inclusivé nos apple.

- De todos os componentes, o ecrã é dos que mais gasta, sendo um desafio para as marcas melhorar a qualidade de imagem sem descurar a bateria, um aspeto referido no tópico 13. A primeira dica é desligar o ecrã quando não está a usá-lo. Existe a opção de este desligar automaticamente. Pode ir baixando este valor para 30, 20 ou até mesmo 10 segundos se não passar muito tempo a ler (pode ser aborrecido estar a ler um documento ou até mesmo uma mensagem e o ecrã desligar-se, por isso terá de ser o utilizador a encontrar o tempo ótimo). Para os fãs da Samsung, o galaxy S 3 teve isto em conta e, com a ajuda de uma pequena câmera frontal, deteta os olhos do utilizador e se estiver a olhar para o ecrã, este não se apaga. Por outro lado, se desviar o olhar ele apaga-se, tal como se pode ver no vídeo promocional. No entanto, mesmo sendo uma tecnologia inovadora, pode não ser a melhor para economizar a bateria dado que implica que a câmera frontal esteja sempre ligada. Outra questão que ajuda a pesar no consumo é o brilho. É certo que se o ecrã estiver escuro de nada nos serve, mas muitas vezes o brilho automático põe um nível de brilho superior ao necessário, além de que recorre a um sensor para verificar a quantidade de luz ambiente pelo que o ideal será usar o brilho manual com a luminosidade que lhe for mais agradável. Uma nota relativa aos ecrãs OLED (AMOLED ou Super AMOLED): conforme vimos no tópico 13 os pixéis apresentam-se de várias cores de forma a criar uma imagem, mas nestes ecrãs em específico as áreas a preto são pixéis que não chegam a acender, poupando assim energia. Não se pretende limitar as escolhas dos utilizadores, mas se optar por um fundo e um tema preto que goste, tem o bónus de conseguir poupar alguma bateria.

- Já referimos em tópicos anteriores que a rede que usamos afeta a duração da bateria. Importa reter as ideias chave: o 4G, ou LTE (tópico 14) é o que proporciona velocidades mais elevadas, o que é fundamental para quem acede com regularidade à internet a partir do seu dispositivo móvel. No entanto, também se entende que para ter esta maior potência na transferência de dados, vá consumir mais bateria. Por seu lado, o 3G proporciona velocidades mais baixas mas consome menos bateria. Já permite videochamadas e chamadas com a tecnologia “voz HD” (neste caso da tmn, embora não seja esta a única com esta tecnologia, mas é uma denominação que varia de acordo com a operadora) e existem tarifários que oferecem boas velocidades. Por fim o 2G é o que consome menos mas que impossibilita a maioria das funcionalidades anteriormente mencionadas, principalmente o acesso à internet que é feito a uma velocidade substancialmente mais baixa (através de GPRS). Para quem utiliza o telefone para chamadas (sem “voz hd” e videochamada) e mensagens, o 2G é o mais indicado pois é o que consome menos bateria e cumpre perfeitamente estas funções. Nas opções do telefone não aparecerá a geração da rede em utilização mas rede em si. Assim, se pretende utilizar o 2G deverá selecionar a rede GSM, para o 3G deverá ser a rede UMTS e para o 4G o LTE.

- Alguns telefones disponibilizam o modo poupança de energia. Isto limita o desempenho do dispositivo que pode ficar um pouco mais lento, mas para a maioria das aplicações, mesmo não estando a dar o seu máximo, o aparelho consegue desempenhar bem as funções. Para ver um filme de alta definição ou correr uma aplicação mais pesada, pode ser necessário desativar este modo temporariamente.

Relativamente aos computadores as melhorias que se conseguem obter são inferiores às dos telefones e tablets, além de que exigem conhecimentos mais avançados. A solução passa por ter menos programas a correr em segundo plano, tal como nos tablets, se bem que nestes é mais simples, até porque há aplicações que o fazem de forma bastante intuitiva. É fácil no computador desativarmos alguma opção que impeça o seu correto funcionamento, da mesma forma que existem muitos processos desnecessários em execução e que não se desativam facilmente. Mais adiante darei algumas dicas nesta área, sem comprometer o bom desempenho da máquina. Ainda assim, no que toca ao ecrã, ao wi-fi e até mesmo ao modo de poupança de energia, as recomendações são as mesmas.

Muitos dos aspetos que referi não estão disponíveis nos produtos da maçã, até porque não são necessários. Esta empresa dá grande importância à otimização do sistema relativamente ao produto que desenvolve e por isso não só são aparelhos fluidos na utilização, como também gerem bastante bem os recursos, aumentando as horas de autonomia. Isto faz com que muitos dos conselhos acima não sejam necessários pois o próprio sistema poupa automaticamente bateria. No entanto, por exemplo os widgets, que falámos acima, não servem apenas para gerir as conectividades, mas por exemplo para gerir a música, ver o e-mail em tempo real, calendário, feeds (falaremos mais à frente num tópico dedicado), meteorologia e muitas outras opções disponíveis na loja google play. É uma limitação várias vezes criticada ao sistema da apple.

Otimizar o sistema ao dispositivo é um desfio para todas as marcas e até mesmo para a Microsoft e Google. Ambas desenvolvem um sistema geral que será utilizado em aparelhos bastante diferentes e por isso têm de ser as empresas que “montam” os dispositivos com o sistema android ou Windows a adaptar este último de forma a tirar o melhor partido dos componentes e a consumir o menos possível. Percebe-se a vantagem que a apple tem em relação aos seus concorrentes. A empresa da maçã pode escolher os melhores componentes para o sistema que desenhou e alterar algum de forma a que a combinação seja perfeita. No caso do Windows ou da android, entende-se que a margem de manobra é mais limitada, pois nem o sistema pode ser desenhado para nenhum componente em específico dado que a empresa que o adoptar pode usar qualquer componente e esta última não pode dar preferência a nenhum componente em específico pois o sistema foi desenhado de uma forma geral para funcionar em todos.

A maneira que as marcas encontraram para dar a volta a esta situação é instalando componentes muito potentes que vão assegurar a fluidez do sistema e uma bateria suficientemente grande para alimentar estes componentes que vão exigir mais energia.

Outra forma de contornar o problema foi a criação da linha nexus da Google em que esta empresa se junta com uma construtora que adota o seu sistema (por exemplo LG, Samsung, Asus ou outras) e ambas trabalham para que aquele produto em específico tire o melhor partido do sistema e dos recursos. Ambas as empresas fazem as devidas alterações criando assim um produto bastante competitivo. A Microsoft há pouco tempo lançou o surface, construído por si e a correr o Windows 8, o que melhora o desempenho do produto. Ainda assim, em ambos os casos e apesar dos esforços, a apple é a que tem conseguido realizar o melhor trabalho neste campo.


Em resumo convém ter em atenção os seguintes aspetos:
- desligar as conectividades que não estivermos a usar;
- diminuir o tempo de inatividade para o ecrã se desligar automaticamente;
- escolher a rede 2G se não fazemos videochamadas nem utilizamos a internet no telefone regularmente;
- regular o brilho manualmente e desativar o automático;
- ativar o modo poupança de energia.


Espero, com este post, ajudar a aumentar a autonomia das baterias dos leitores. Se tiver alguma outra sugestão pode referi-la aqui nos comentários abaixo e eu acrescentarei a esta lista!


Até ao próximo post!

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